quarta-feira, 15 de junho de 2011

Estádios da Copa receberam 7,8% de recursos previstos, aponta estudo

Apenas 7,8% dos pelo menos R$ 6,4 bilhões que serão gastos na construção e reforma de estádios para a Copa do Mundo de 2014 foram executados a três anos do início do Mundial, apontou, nesta sexta-feira, um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o coordenador do núcleo de esportes da instituição, Istvan Karoly, os investimentos em infraestrutura nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo também estão bastante atrasados.

"Em termos de agilidade de investimentos há uma lentidão muito grande e estamos andando nessa preparação a passos de cágado", disse o economista da FGV a jornalistas na apresentação do relatório.

O estudo colocou em R$ 6,4 bilhões o custo total de preparação dos 12 estádios do Mundial, dos quais até agora foram aplicados R$ 505 milhões. As intervenções em mobilidade urbana, aeroportos e saneamento, entre outros, devem demandar R$ 22,3 bilhões, de acordo com números da FGV, mas até o momento somente 8% saíram do papel.

O relatório indica que as arenas de Salvador e Belo Horizonte são as mais adiantadas, mas mesmo assim o ritmo ainda é lento. Em Minas Gerais, os desembolsos para a reforma do Mineirão chegaram a 13% do investimento previsto em R$ 666 milhões e, em Salvador, as aplicações somam 16,9% de uma obra orçada em R$ 591 milhões.

Em contrapartida, as arenas de Natal e São Paulo estão praticamente na estaca zero e as duas cidades já foram descartadas da Copa das Confederações, que acontecerá um ano antes do Mundial.

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