quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dentro do prazo, MG quer novo Mineirão em dezembro de 2012


Secretaria da Copa em Minas Gerais acredita ser primeiro estádio a ser inaugurado
Foto: Sylvio Coutinho/Divulgação

A Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa 2014 (Secopa) de Minas Gerais mostra otimismo com as obras para o Estádio do Mineirão. Em comunicado divulgado na tarde desta terça-feira, a entidade afirma que a nova arena de Belo Horizonte tem cumprido "rigorosamente o calendário" e que as obras "seguem em ritmo acelerado".

Ainda segundo a secretaria, cerca de 50% da área externa já foi demolida para a construção de uma esplanada multiuso ao redor de todo o Mineirão. Na área interna, 95% da demolição já foi concluída, incluindo a antiga geral, a arquibancada inferior, lojas, escritórios e bares.

Além disso, cerca de 25% das escavações para a sustentação da nova arquibancada já foram realizadas, com escavações que chegam a 12 m de profundidade - a profundidade dos chamados "tubulões" varia, uma vez que o Estádio do Mineirão se situa em terreno inclinado.

Ao mesmo tempo, a Secopa anuncia trabalhos de terraplanagem na construção. Desta, forma, segundo o comunicado do órgão, "o nivelamento do terreno permitirá melhor aproveitamento do espaço abaixo da esplanada". Mesmo assim, a Secretaria mostra otimismo com os prazos.

"Os trabalhos de demolição e fundação demandam um bom tempo para execução. Quando entrarmos na modernização propriamente dita todos vão se surpreender com a rapidez da evolução", explicou Ricardo Barra, diretor-presidente do consórcio Minas Arena.

Sergio Barroso, secretário extraordinário da Copa em MG, vai além. "O Mineirão será o primeiro estádio pronto para a Copa. Faremos a reinauguração no dia 31 de dezembro de 2012 e isso vai nos credenciar a ter papel importante na Copa das Confederações, em 2013", acredita o responsável pela Secopa MG.

Ministério do Turismo investe em prestadores de serviço para 2014

O ministro do Turismo, Pedro Novais, disse que capacitar os prestadores de serviços turísticos é a principal incumbência de sua pasta em relação à organização da Copa do Mundo de 2014 do Brasil e da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.

O ministério já começou a capacitar 306 mil profissionais que vão prestar serviços como atendentes de aeroportos, de locadoras de veículos, guias turísticos, recepcionistas, entre outras atividades. Os envolvidos recebem ainda treinamento em ética, cidadania, convivência e segurança no trabalho, além de cursos de inglês e espanhol.

Presente nesta quarta-feira na na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado, Novais ainda declarou que, mesmo não sendo a incumbência de sua pasta, o ministério investe nas capitais que sediarão os jogos e nas cidades vizinhas visando melhorias na infraestrutura dos locais.

O ministro ainda admitiu a necessidade de uma "mudança de paradigma" para atrair mais turistas ao Brasil. Dados divulgados pelo próprio Novais nesta quarta apontam que os estrangeiros gastaram R$ 5 bilhões no País em 2010, enquanto os brasileiros deixaram R$ 16 bilhões no exterior.

Brasil pode pagar alto para se preparar para a Copa, diz 'Economist'

No atual ritmo de preparos, os brasileiros pagarão um preço alto para garantir a infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014, diz a revista Economist em sua edição desta quinta-feira.

A reportagem cita os atrasos na adequação e na construção de aeroportos e estádios e lembra que "São Paulo ainda nem começou a construir a arena que deve abrigar a partida inicial" da Copa. Além disso, "a maioria dos aeroportos do Brasil já está operando acima de sua capacidade normal" para atender o crescimento da demanda interna.

Em entrevista à reportagem da Economist, o especialista em infraestrutura Paulo Resende, da Fundação Dom Cabral, disse que é importante ser realista quanto ao que poderá ser concretizado até 2014.

Ainda que novos terminais, pistas e aeroportos sejam necessários para satisfazer a demanda doméstica, "se continuarmos a dizer que tudo vai estar pronto até a Copa, arriscamos fazer papel de bobos", declarou Resende, defendendo ajustes temporários para o evento esportivo (como adaptações em balcões de check-in e em estacionamentos de aeroportos e o uso de aviões menores).

A revista cita também o consultor de aviação Respicio Espírito Santo, que se diz preocupado com a possibilidade de o governo, na pressa para concluir obras, usar dinheiro público indiscriminadamente ou ser leniente quanto a regras de construção.

"O Brasil pode conseguir se aprontar para o chute inicial, talvez com menos estádios que o planejado, mas parece que deverá pagar um preço alto para um torneio bem-sucedido", concluiu a Economist.

ONG lança fundo e pede legado social de Copa e Rio 2016

A ONG Atletas pela Cidadania, criada por Raí para incentivo de ações sociais, lançou nesta terça-feira com apoio da ONU um fundo patrimonial para dar sustentação financeira a seus projetos. Inicialmente, o dinheiro virá de atletas entusiastas da iniciativa, como Diego, Kaká, Felipe Massa e Rubens Barrichello, mas a intenção é que empresas, federações e clubes também possam fazer doações.

"Desde que a gente começou com o Atletas pela Cidadania, cada um ajudava um pouquinho em uma iniciativa, agora a gente tenta dar sustentabilidade para as ações a longo prazo", explico Raí. "A gente já conta com mais de 20 atletas dispostos a contribuir com aportes significativos e a partir daí é abrir para clubes, federações e quem mais quiser doar", completou.

Além das doações, o Fundo Atletas pela Cidadania conta com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e do Banco do Itaú. O programa contará com um lançamento internacional, na sede da ONU, em Genebra, e a expectativa é que entidades estrangeiras também comecem a contribuir.

Nos próximos anos, a Atletas pela Cidadania tem como principal objetivo divulgar a importância de a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, deixarem um legado social para o país.

Entre as metas estabelecidas pela organização está a implementação, entre 2014 e 2016, do esporte educacional em 100% das escolas públicas das cidades-sedes da Copa do Mundo. Para 2022, o objetivo é fazer com que a prática do esporte educacional esteja em todas as escolas do Brasil.

"Nós fomos atletas de ponta e agora fazemos o caminho inverso, que é contribuir com esse legado. Nosso papel é mobilizar os setores para mostrar que esses eventos podem deixar muito mais do que grandes ginásios e grandes estádios. O esporte não pode ser excluído", defendeu Magic Paula, um dos principais nomes à frente da Atletas pela Cidadania.

Com nova cobertura, Maracanã tem previsão de custo de R$ 1 bilhão


Orçamento é quase o dobro do previsto inicialmente para o projeto
Foto: Rio de Janeiro''s Government press office/AFP

Palco da final da Copa do Mundo de 2014, o Maracanã já tem data para ser entregue: dezembro de 2012. A garantia foi dada pelo vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, durante a apresentação do projeto de reforma do estádio, no Tribunal de Contas da União (TCU), nesta terça-feira, em Brasília.

Pezão ainda assegurou que o custo total das obras não ultrapassará o teto de um bilhão de reais. O orçamento, que começou em R$ 705,6 milhões, já está em R$ 956.787.720,00. O aumento, de acordo com o vice-governador, é por conta de uma nova cobertura que será instalada.

"Será a mais moderna arena do mundo. Terá tecnologia da informação, assentos marcados, cobertura de última geração e atenderá a todos os requisitos da Fifa e do Comitê Olímpico Internacional. E custará menos de RS 1 bilhão. Será mais moderno que o Wembley, na Inglaterra, que custou quase o dobro", afirmou o vice-governador.

De acordo com a secretaria de obras, a reforma do Maracanã está dentro do cronograma. Desde a semana passada, os 800 funcionários tiveram seus turnos de trabalho dobrados e cerca de 90% da parte interna (arquibancadas, vestiários, camarotes, etc) já foi demolida.

O Rio de Janeiro foi a primeira sede a apresentar o projeto detalhado ao TCU, mas ainda não há data limite para o envio definitivo. A Fifa, por sua vez, tem até o dia 30 de junho para fazer novas exigências ao projeto.

CBF anuncia 'início imediato' das obras do novo Centro de Treinamento

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) promete início imediato da construção de suas novas instalações e principalmente do Centro de Treinamento. A estrutura será levantada em um terreno adquirido na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

O projeto era alvo de preocupação em virtude de uma ocupação ilegal no terreno que pertence à CBF. Agora, os topógrafos da construtora já se encontram no local. A ideia é utilizar o Centro de Treinamento na preparação da Seleção Brasileira para a Copa das Confederações de 2013.

"Essa é realmente uma grande notícia que podemos dar ao torcedor brasileiro. Nesse novo endereço teremos como prioridade o Centro de Treinamento da Seleção Brasileira, já para a Copa das Confederações de 2013 e posteriormente na preparação para a Copa do Mundo de 2014. Depois, serão iniciadas as obras da nova sede própria e do Museu do Futebol, que irá resgatar toda a rica história do futebol pentacampeão do mundo", comentou o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Atual técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes também teve participação no projeto do CT, principalmente depois de visitar a estrutura de vários grandes clubes da Europa. "O presidente nos solicitou o que a comissão técnica pretendia para a construção do Centro. Então não poderíamos desperdiçar essa oportunidade e por isso procuramos ter como parâmetro o que de melhor existe no mundo, logicamente nos aspectos que nos competem, ou seja, nas áreas de preparação do time, médica e de relações com a imprensa. Tudo isso foi repassado para o presidente", disse o treinador.

Mano Menezes acredita que as novas instalações irão ajudar no projeto até a Copa do Mundo de 2014. "Esse é um momento especial. A Seleção Brasileira pentacampeã do mundo terá um Centro de Treinamento à altura do seu prestígio e da sua importância no futebol", encerrou.

Centro de Imprensa da Copa 2014 será no Rio de Janeiro

A Fifa anunciou oficialmente que o Rio de Janeiro receberá Centro Internacional de Transmissão (da sigal em inglês, IBC) da Copa de 2014. O local escolhido para concentrar as atividades da imprensa internacional foi o Riocentro.

Estavam na disputam, além do Rio de Janeiro, as cidades de Brasília e São Paulo. "A decisão do conselho foi baseada num processo altamente competitivo, que contou com análises detalhadas de diversos especialistas em transmissão da Fifa", afirmou a entidade em comunicado.

Ainda segundo a entidade, "o Rio de Janeiro foi escolhido por diversas razões, incluindo a qualidade da infraestrutura, a diversidade de acomodações e atividades disponíveis na cidade, bem como pelo desejo manifestado com ênfase para fornecer todo apoio possível ao IBC e seus usuários".

O Secretário Geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou que "foi uma decisão difícil, todos os candidatos apresentaram alta qualidade e demonstraram um enorme compromisso. Mas infelizmente só podemos escolher uma sede e consideramos que, em geral, o melhor para a Fifa foi Rio de Janeiro". Valcke presidiu a reunião que decidiu a sede do Centro de Imprensa ao lado de Ricardo Teixeira, presidente da CBF.

Em 2010, na Copa da África do Sul, 179 emissoras de televisão e rádio de mais de 70 países enviaram equipes para o país, envolvendo 13.000 funcionários. É no IBC que a maior parte dessas emissoras concentrava suas operações.

Cidades-sede pedem menos burocracia para evitar atrasos

Os prefeitos das cidades que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014 apresentaram à presidente Dilma Rousseff uma carta conjunta contendo reivindicações para facilitar as obras necessárias. O encontro aconteceu nesta terça, no Palácio do Planalto. Dilma pretende realizar reuniões trimestrais para monitorar o andamento das obras.

Os representantes das 12 cidades sugerem a criação de uma legislação especial permitindo que diminuam a burocracia que, segundo eles, são responsáveis por atrasos nas obras. Eles também querem impedir que pequenas pendências deixem de impedir que as cidades obtenham financiamentos.

Entre os fatores discutidos, estão dois dos maiores problemas do País na organização do Mundial: a baixa capacidade de aeroportos e da rede hoteleira.

Estiveram presentes o prefeito de Belo Horizonte, Mário Lacerda; José Fortunati, de Porto Alegre; João da Costa, de Recife; Luizianne Lins, de Fortaleza; Micarla Sousa, de Natal; o secretário especial de articulação para o Mundial; e Leonel Leal, chefe do escritório da Copa e secretário de relações internacionais de Salvador, que foi no lugar do prefeito João Henrique.

Por 2014, empresas ficarão com até 51% de três aeroportos


A presidente anunciou a concessão dos aeroportos de Viracopos, Guarulhos e Brasília
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR/Divulgação

Luciana Cobucci
Direto de Brasília

A presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta terça-feira, o modelo de concessão que será usado para os aeroportos de Viracopos e Guarulhos, em São Paulo, e de Brasília para que as instalações estejam prontas para a Copa do Mundo de 2014. O modelo escolhido foi o de Sociedade de Propósito Específico (SPE), em que empresas privadas que participarem da sociedade ficarão com até 51% dos empreendimentos. A Infraero será detentora dos outros 49%.

Na prática, a operação é uma privatização dos aeroportos. O percentual das empresas pode ou não voltar a ser da Infraero, a depender das regras do edital - que só deve ficar pronto no fim deste ano. As empresas que decidirem participar da concessão podem fazê-lo individualmente ou se unir em consórcios.

A decisão de passar parte do comando dos aeroportos para a iniciativa privada foi tomada após um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que indicou que dez dos 13 aeroportos não estarão prontos para a Copa do Mundo de 2014.

As empresas privadas ficarão responsáveis por novas construções e gestão nesses aeroportos. Outros critérios do edital de concessão serão elaborados por empresas especializadas. O novo modelo de concessão, no entanto, não isenta a Infraero de dar continuidade aos investimentos previstos para as obras nesses aeroportos.

O anúncio foi feito por meio de nota, assinada pelo ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, que afirmou, ainda, que o governo estuda um modelo de concessão para mais dois aeroportos: Confins, em Minas Gerais, e Galeão, no Rio de Janeiro.

"A concessão dos três aeroportos a empresas privadas vai valorizar a Infraero e tornar a estatal mais atrativa para a futura abertura de capital", explicou a presidente Dilma Rousseff. "É mais fácil abrir o capital da Infraero depois de ela tomar um choque de competitividade", acrescentou.

Segundo a presidente, além de atrair investidores privados e estrangeiros, outra vantagem da presença da Infraero na concessão destes aeroportos será permitir ao Estado o acesso a informações seguras ao setor aeroportuário. Dilma ainda afirmou que o Aeroporto de Viracopos terá um papel estratégico para a Copa em São Paulo.

Após a reunião da presidente com governadores e prefeitos das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, o ministro do Esporte, Orlando Silva, falou à imprensa, acompanhado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e do prefeito de Belo Horizonte (MG), Márcio Lacerda. Segundo Orlando Silva, houve consenso entre todos os presentes de que é preciso acelerar as obras de estádios, aeroportos e portos para o mundial.

O ministro também criticou a competição entre as cidades-sede, que disputam a preferência para sediar os jogos de abertura e encerramento da Copa. "O que tem que ser fundamental para os governos é que não se trata de competição, precisa haver cooperação, porque há desafios. O primeiro deles é estimular o Congresso a votar o Regime Diferenciado de Contratação (modelo que simplifica regras para licitações). Isso vai ter impacto muito forte no sucesso das contratações das empresas", afirmou.

Orlando Silva também afirmou que uma preocupação da presidente Dilma é com o legado que a Copa vai deixar - segundo ele, é preciso que os gastos com o mundial sejam revertidos em benefícios para a população. O ministro explicou, ainda, que os estádios que estão sendo construídos para a Copa no Brasil terão padrão exigido pela Fifa. "Os estádios brasileiros terão custos aproximados aos estádios internacionais de padrão Fifa, com custo de R$ 10 mil por assento no estádio", explicou. A cada três meses, governadores e prefeitos das cidades-sede se reunirão com Dilma para acompanhar o andamento das obras para o Mundial.

Brasil precisa acelerar trabalhos para Copa, alerta Orlando Silva

O governo brasileiro concluiu, após reunião com prefeitos e governadores realizada nesta terça-feira, que será necessário acelerar os trabalhos para a Copa do Mundo de 2014, disse o ministro do Esporte, Orlando Silva, que apontou a necessidade de rápidos investimentos na área de transportes.

Por outro lado, o ministro do Esporte afirmou que os compromissos do Brasil para sediar a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014 não serão impactados pelas denúncias de corrupção na Fifa.

"As denúncias que envolvem a Fifa são temas internos da Fifa, examinados pelo comitê de ética da entidade. Isso impacta exclusivamente o trabalho da Fifa", disse o ministro a jornalistas, após reunião da presidente Dilma Rousseff com prefeitos e governadores.

"Os compromissos para a Copa das Confederações e para a Copa de 2014 serão cumpridos plenamente. Não impacta em nada o trabalho do país", acrescentou, antes de dizer que o tráfego aéreo continuará na casa de dois dígitos até 2014.

Apenas 7,8% dos pelo menos R$ 6,4 bilhões que serão gastos na construção e reforma de estádios para a Copa do Mundo de 2014 foram executados a três an

O volante Emerson, ex-capitão da Seleção Brasileira, receberá, nesta quinta-feira, às 14h, representantes do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 em seu projeto social Fragata Futebol Clube, inaugurado no ano passado, em Pelotas. "A expectativa é grande e estou confiante de que o Fragata Futebol Clube atenderá a todas as exigências da Fifa. Aproveitei que tive a oportunidade de adquirir experiência nos meus dez anos de Seleção Brasileira e também em duas Copas do Mundo para fazer determinadas obras e preparar o clube para servir como CT para as seleções", afirmou o ex-jogador.

O clube passará por uma vistoria por ter sido pré-selecionado para servir como Centro de Treinamento de Seleções para a Copa de 2014. Os representantes da Fifa deverão chegar a Pelotas por volta das 11 horas e, antes da inspeção, pretendem visitar pontos estratégicos da cidade gaúcha para uma avaliação mais completa.

Após a visita, Emerson, dirigentes e os representantes da Fifa concederão entrevista no local. "É um prazer continuar dando minha contribuição de alguma forma ao Brasil mesmo depois de encerrar a carreira. Sei que o país vive a expectativa de fazer um grande Mundial e espero ter a chance de ajudar", disse Emerson, que disputou as Copas do Mundo de 1998 e 2006 pela Seleção Brasileira.

Estádios da Copa receberam 7,8% de recursos previstos, aponta estudo

Apenas 7,8% dos pelo menos R$ 6,4 bilhões que serão gastos na construção e reforma de estádios para a Copa do Mundo de 2014 foram executados a três anos do início do Mundial, apontou, nesta sexta-feira, um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o coordenador do núcleo de esportes da instituição, Istvan Karoly, os investimentos em infraestrutura nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo também estão bastante atrasados.

"Em termos de agilidade de investimentos há uma lentidão muito grande e estamos andando nessa preparação a passos de cágado", disse o economista da FGV a jornalistas na apresentação do relatório.

O estudo colocou em R$ 6,4 bilhões o custo total de preparação dos 12 estádios do Mundial, dos quais até agora foram aplicados R$ 505 milhões. As intervenções em mobilidade urbana, aeroportos e saneamento, entre outros, devem demandar R$ 22,3 bilhões, de acordo com números da FGV, mas até o momento somente 8% saíram do papel.

O relatório indica que as arenas de Salvador e Belo Horizonte são as mais adiantadas, mas mesmo assim o ritmo ainda é lento. Em Minas Gerais, os desembolsos para a reforma do Mineirão chegaram a 13% do investimento previsto em R$ 666 milhões e, em Salvador, as aplicações somam 16,9% de uma obra orçada em R$ 591 milhões.

Em contrapartida, as arenas de Natal e São Paulo estão praticamente na estaca zero e as duas cidades já foram descartadas da Copa das Confederações, que acontecerá um ano antes do Mundial.

Brasil trabalha contra relógio a três anos da Copa do Mundo


A Arena das Dunas, em Natal, é o estádio mais atrasado para a Copa de 2014
Foto: CBF/Divulgação

Correndo contra o tempo e tentando driblar a preocupação da Fifa com o ritmo lento das obras, o Brasil se prepara para a Copa do Mundo de 2014, que começará daqui a exatos três anos, no dia 13 de junho de 2014. Até agora, apenas 7,5% das obras foram terminadas, segundo uma recente reportagem da revista Veja. A publicação calculou que, no ritmo atual, o Brasil só conseguirá terminar os estádios em 2038. Os estádios, os aeroportos e o transporte urbano são as principais dores de cabeça para os organizadores, que trabalham contra o relógio. As autoridades brasileiras querem uma Copa do Mundo com 12 estádios e 12 cidades, mas os atrasos no início das obras já ameaçam várias delas.
Dos sete estádios novos, o mais atrasado é o de Natal, onde ainda não começaram os trabalhos de demolição da antiga arena, previstos para começar em julho. Em São Paulo, há duas semanas começou a construção da provável sede da abertura, ainda sem saber quem pagará o custo das exigências da Fifa, que incluem a ampliação da capacidade da arena para 65 mil lugares.

As obras estão mais avançadas nos cinco estádios que só precisam de reformas, à exceção de Curitiba, onde ainda não começaram os trabalhos. Já no Maracanã, sede da final, as obras já completaram nove meses. Os arquitetos pretendem concluir a reforma no final de 2012, a tempo para a Copa das Confederações. O custo da reforma, orçada inicialmente em US$ 285 milhões, já saltou para US$ 590 milhões, um aumento de cerca de 35%.

Na semana passada, o deputado e ex-jogador Romário alertou no Congresso que o preço dos estádios se multiplicou por quatro. A maioria das licitações para reformas em aeroportos, orçadas em US$ 3.475 milhões, estão pendentes. No transporte urbano, o panorama é ainda mais desolador, com pelo menos cinco cidades em "estado crítico", segundo uma reportagem publicada neste domingo pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Em Manaus, a Promotoria suspendeu a licitação de uma linha de 20 quilômetros de trem, preocupada com a viabilidade do projeto, e o Governo regional já admite que não poderá construí-lo. O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse em maio que as cidades que carecem de infraestrutura adequada de transporte serão excluídas.

O Governo brasileiro recebeu o recado, e a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião de urgência com as autoridades locais para que as obras comecem a andar. O Congresso prevê a votação, nesta semana, de uma emenda para a lei de licitações públicas, com o intuito de acelerar a concessão das obras. No entanto, a oposição resiste, porque acredita que a nova lei só serviria para minguar a transparência e facilitar a corrupção.

A ampliação da capacidade hoteleira também preocupa. Em algumas cidades do interior faltam quartos e os projetos ainda não arrancaram. Para acelerar a construção de hotéis, o Governo estuda duplicar a linha de créditos ao setor, com ajuda do BNDES, disse um de seus diretores na semana passada.

Dilma diz que obras da Copa e da Olimpíada estarão prontas a tempo

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que, apesar dos atrasos, as obras para a Copa do Mundo de futebol que o Brasil vai organizar em 2014 e para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 serão concluídas a tempo.

"Sem dúvida" (que as obras serão realizadas a tempo)", afirmou a presidente em uma coluna para jornais regionais publicada às terças-feiras e na qual responde a perguntas de cidadãos.

Dilma Rousseff explicou que a Presidência está trabalhando em conjunto com os governos estaduais e as prefeituras das cidades responsáveis pelas obras, e que acordaram reuniões periódicas para avaliar os avanços dos projetos.

"Já tivemos um primeiro encontro e vamos nos reunir a cada três meses para acompanhar o cronograma das obras", afirmou.

A governante disse que, das 12 cidades que serão sede da Copa do Mundo de 2014, 11 já fizeram as licitações para a construção ou reforma de seus estádios e dez já iniciaram as obras dos cenários esportivos.

Dilma Rousseff ainda esclareceu que a única cidade que ainda não lançou licitação foi São Paulo, possível sede do jogo de abertura da Copa do Mundo, porque o estádio da maior metrópole do país será construído pela iniciativa privada.

Aeroportos

A presidente acrescentou que a Infraero, responsável pela administração dos aeroportos "está em plena execução de seu programa de investimentos para ampliar a capacidade e melhorar os serviços privados".

Como reconhece a própria CBF, além dos estádios, os maiores atrasos e preocupações são justamente os aeroportos, que não teriam neste momento capacidade para receber os milhões de visitantes esperados.

Dilma Rousseff disse que seu governo investirá R$ 5,5 bilhões na ampliação e na reforma dos aeroportos. "As obras seriam necessárias inclusive sem a Copa e os Jogos Olímpicos devido ao aumento do movimento nos aeroportos pela elevação da renda dos brasileiros", afirmou.

Segundo a presidente, o governo repassou a concessão a empresas privadas das obras e a administração de alguns aeroportos, como o internacional de São Paulo e o de Brasília. O governo ainda está estudando o melhor modelo para administrar os aeroportos do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte.

"Para coordenar todo esse trabalho criamos a Secretaria Nacional de Aviação Civil, com status de Ministério. Com estas e várias outras medidas tenho certeza que faremos uma grande Copa e grandes Jogos Olímpicos", concluiu a presidente.

A Fifa advertiu que, a três anos exatos da partida de abertura da Copa do Mundo de 2014, Brasil corre contra o relógio para executar as obras, que avançam em ritmo lento e com orçamentos superiores aos inicialmente previstos.

Na semana passada, o deputado federal e ex-jogador Romário alertou no Congresso que o preço dos estádios se multiplicou por quatro, de US$ 1,1 bilhão em 2007 para US$ 4,420 bilhões, calculados recentemente.

Jornal: exigências da Fifa podem triplicar custo de gramados da Copa



De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o custo dos gramados dos estádios brasileiros para a Copa do Mundo de 2014 pode triplicar para atender a possíveis novas exigências da Fifa. A entidade estuda aumentar a rigorosidade em relação aos relvados para evitar o desgaste dos campos visto na edição de 2010, na África do Sul.

Entre os novos requisitos que podem ser exigidos pela Fifa, estão o plantio da grama até quatro meses antes do uso, reforço abaixo do gramado para dar mais firmeza às raízes e drenagem a vácuo, para acabar com poças de água. Com isso, o preço da grama pode pular de R$ 1,5 milhão para R$ 5 milhões.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

veja como está o andamento das obras no Independência





O Independência está em obras desde o início do ano passado e a data de reinauguração já foi remarcada várias vezes. Inicialmente prevista para setembro de 2010, ela passou para outubro, depois foi alterada para o primeiro semestre deste ano e, agora, América, Atlético e Cruzeiro vivem a expectativa de ter um estádio para mandar seus jogos em BH a partir do início do ano que vem. Enquanto isso, seguem as obras no estádio do Horto, que começou a ganhar mais corpo com a colocação das arquibancadas.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Arena da Amazônia inicia nova fase de obras em abril



Construída no coração da Floresta Amazônica especialmente para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, a Arena Amazônia entrará em sua segunda fase de obras em abril, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira pelo Comitê Organizador Local.

No planejamento desta nova etapa, estão incluídos o início da execução das estruturas de concreto das arquibancadas e o processo de fundação do terreno de um dos lados do estádio que será a sede de Manaus no Mundial.

A fabricação das 108 vigas inclinadas que darão sustentação aos degraus da arena começarão já na próxima semana. A terraplanagem do terreno já está praticamente concluída.

O Comitê destaca que a obras do novo estádio tem grande impacto na geração de empregos. No momento, 385 profissionais relacionados à construção civil trabalham na área da futura arena. Até o fim de semana, mais 150 devem ser efetivados.

A segunda fase das obras deverá estar concluída no primeiro semestre de 2013.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Com futebol em alta, Mirassol sonha ser sede da Copa de 2014

Com Rio Preto e América na Série A-2 do Campeonato Paulista, São José do Rio Preto vem perdendo espaço para Mirassol, seu antigo distrito, na preferência regional dos torcedores. O sucesso da cidade vizinha aumentou ainda mais depois que o time alcançou, no fim do mês passado, a liderança inédita na primeira divisão estadual.

"A região torce pelo Mirassol porque quer assistir aos jogos dos times grandes aqui", explica o técnico da equipe, Ivan Baitello. "Não tenho estatística, mas boa parte dos torcedores vem de cidades de fora. Quem eleva a região no momento é Mirassol, mas quanto mais equipes da vizinhança estiverem na primeira divisão, melhor. O Mirassol é estímulo às outras cidades".

O município é pequeno. A população de 52.631 seria incapaz, por exemplo, de lotar o Morumbi, que tem capacidade para 67.428 pessoas. Só que a torcida, embora não seja grande, é fiel: em seis partidas realizadas no José Maria de Campos Maia, a média de público foi de 2.491 pagantes - destaque para a presença de 7.383 torcedores no confronto com o Palmeiras.

Apesar disso, Mirassol sonha muito alto e está entre as 37 candidatas paulistas a hospedar seleções durante a Copa do Mundo de 2014. "Temos toda a infra-estrutura necessária, com clubes, dois CTs, estádio e hotéis, aeroporto a quatro minutos daqui e hospitais para todo tipo de pronto atendimento", enumera o prefeito, José Ricci Júnior, que calcula retorno de 5 milhões de dólares caso a cidade seja escolhida pela Fifa, no final deste ano, como uma das sedes.

O estádio passou por reforma no início do ano, a partir de uma parceria entre os governos municipal e estadual, que levantou cerca de R$ 300 mil. O projeto incluiu novos 1.176 assentos individuais com encosto na arquibancada coberta, além da construção de cozinha e refeitório e adequação das salas de administração, ambulatório e exames de dopagem.

Ainda assim, alguns pontos têm deficiência, como a drenagem do gramado e as apertadas tribunas de imprensa. A expectativa do Comitê Paulista é de que São Paulo consiga eleger em torno de dez locais de treinos para seleções em 2014. Como a capital, que pleiteia inclusive a abertura da Copa, tem cinco candidatos (CTs de Corinthians, PAEC, Palmeiras, Portuguesa e São Paulo), Mirassol teria que surpreender e superar ainda a concorrência de grandes cidades do ABC, litoral e interior.

Secretaria de Regulação Urbana analisa 11 projetos para hotéis e receberá mais 19 propostas nos próximos dias

Os incentivos dados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) à construção civil para melhorar a infraestrutura da cidade para a Copa de 2014 começam a atrair os empresários do setor. Dos 11 projetos para hotéis que estão sendo analisados pela Secretaria Municipal de Regulação Urbana, um já foi aprovado para a orla da Pampulha. Outros 19 serão apresentados nos próximos dias, sendo 13 de hotéis, além de um centro de convenção, um hospital privado e quatro locais de diversão e lazer.


Para a construção dos estabelecimentos de saúde, hospedagem, lazer e diversão, a PBH está usando um projeto de Operação Urbana aprovado em julho deste ano pela Câmara Municipal. Ele permite o aumento em até cinco vezes do potencial construtivo do terreno. Para ser beneficiado com o incentivo, o empreendimento tem que ser concluído antes de 2014.


No caso da orla da Pampulha, continua valendo a restrição de prédios com até nove metros de altura. Por outro lado, a prefeitura vai autorizar construções até 4,7 vezes maiores em áreas comerciais que o permitido antes da lei entrar em vigor, em julho.


A consultora técnica da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, Maria Caldas, explica que o aumento do potencial construtivo não provocará impacto ambiental na cidade. Ela garante que as regras para este tipo de problema, como a permeabilização do terreno, estão sendo respeitadas.


Com as novas normas, Maria Caldas afirma que BH está atraindo empresários do setor hoteleiro, sendo que muitos já estariam fazendo a sondagem dos terrenos, uma das etapas para entrar com o pedido de aprovação do projeto de construção.


Para se ter uma ideia do que representam as mudanças nas regras, Maria Caldas cita como exemplo o Bairro Santa Efigênia, na Região Leste. Antes da lei, em um terreno de mil metros quadrados, um prédio poderia ter no máximo mil metros quadrados de área. Com a nova lei, se o dono do terreno decidir erguer no espaço um hotel ou hospital, este potencial será aumentado em mais quatro mil metros.


O consultor especializado em projetos e administração hoteleira José Aparecido Ribeiro alerta que eventos como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo não sustentam a hotelaria e são pontuais. “A cidade precisa de pelo menos mais dois centros de convenções para que o ciclo virtuoso do momento não se transforme em um ciclo vicioso, como o que ocorreu no final da década de 1990 e durou até o final de 2005, quando dezenas de hotéis tiveram prejuízos impagáveis. O que regula a hotelaria é a demanda de hóspedes com oferta de quarto e diária médias”, explica.


José Aparecido afirma que está assessorando três das principais construtoras da cidade e todas chegaram à conclusão de que um hotel 5 estrelas em BH é inviável. O motivo é o valor dos terrenos que, somado ao custo de construção, não remunera o capital investido e o lucro de quem investe no projeto.

Ministro reafirma financiamento público no estádio do Corinthians

Em audiência pública realizada no Senado nesta quarta-feira, o estádio do Corinthians voltou à pauta de discussões. No encontro, que tinha o objetivo de discutir a agenda esportiva brasileira nos próximos quatro anos, o ministro do Esporte, Orlando Silva, reafirmou o financiamento público do estádio e deu detalhes de como ele será realizado.

"O valor adicional (cerca de R$ 200 milhões) será efetivado a partir de um fundo imobiliário, por conta de todo o potencial construtivo da região. Haverá emissão de títulos, o que vai complementar a verba. Já tive notícias que a construtora responsável está realizando pesquisa no BNDES para liberação dos recursos", explicou.

A princípio, o estádio corintiano seria construído com capacidade para 45 mil lugares com um financiamento de R$ 400 milhões do BNDES. Com a definição da abertura da Copa do Mundo de 2014, veio a exigência da Fifa de um estádio para 65 mil pessoas, o que exigiria mais R$ 200 milhões para a ampliação.

Os títulos aos quais o ministro se refere são os CIDs (Comprovantes de Incentivo ao Desenvolvimento). Cedidos pela Prefeitura de São Paulo, esses comprovantes terão o valor relativo aos impostos abatidos futuramente com a construção do estádio.

Em fevereiro deste ano, após reunião no Museu do Futebol, o prefeito Gilberto Kassab e o secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Marcos Cintra, anunciaram um plano de incentivos fiscais para conseguir os recursos que faltavam para o futuro estádio de Itaquera. O valor adicional seria destinado, segundo o ministro, às obras do entorno da nova arena corintiana.

Orlando Silva ainda elogiou a infraestrutura da capital paulistana e voltou a afirmar que quer o início das obras no próximo mês de abril.

"São Paulo reúne infraestrutura de transporte e hotelaria para a realização da Copa. Sugeriram abril para o início das obras e isso será conveniente para nós, já que queremos que a cidade receba a Copa das Confederações", disse Silva.

Centro de Treinamento Esportivo de alta tecnologia em construção em Belo Horizonte

Os atletas mineiros poderão contar, a partir de dezembro de 2012, com um centro de treinamento esportivo de alta qualidade e tecnologia e capacitado para atender a todas as suas demandas. A avaliação foi feita hoje (24/01) pelo secretário de Estado de Esportes e da Juventude, Braulio Braz, após visitar as obras do módulo 2 do Centro de Treinamento Esportivo de Belo Horizonte (CTE), em execução em espaço localizado ao lado do Complexo Mineirão-Mineirinho, integrado ao Centro de Esportes Universitários (CEU) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Pampulha.


O módulo 2, resultado de convênio celebrado entre a Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude (SEEJ) e a UFMG, começou a ser construído em dezembro de 2010 e será implantado ao longo da Avenida Alfredo Camarate. O complexo abrigará a entrada principal do conjunto esportivo, a administração, o parque aquático, incluídos os vestiários, a estação de tratamento e aquecimento de água e os depósitos de apoio ao parque, a pista de atletismo e demais instalações comuns a todas as modalidades esportivas, como musculação, hidroterapia, fisioterapia e consultórios médico e odontológico e para nutricionista.

“O Centro de Treinamento terá capacidade para o atendimento de duas mil a 2,5 mil atletas de todas as classes sociais por dia, uma vez que o plano de gestão prevê o seu custeio pelas federações, através de subsídios, e possibilitará o treinamento e a prestação de toda a assistência necessária, seja médica, odontológica ou nutricional, em um único local”, explicou o diretor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Emerson Silami Garcia, que acompanhou o secretário Braulio Braz e o adjunto Rogério Romero na vistoria.

As obras do módulo 2, orçadas em R$ 31 milhões receberão investimento integral do governo do Estado de Minas Gerais. As obras do primeiro módulo, que abriga a pista de atletismo e já se encontram em andamento, têm finalização prevista para março de 2011. Além disso, será construído um estacionamento com capacidade para 304 veículos, incluídas 20 vagas com acessibilidade universal e seis para ônibus.

Tecnologia

O parque aquático disporá de piscina com bordas interiores móveis, que possibilitarão seis configurações do equipamento, para a natação em 50 e 25 metros (quatro configurações) e a disputa de pólo aquático em 28 e 33 metros. A instalação do equipamento com essas possibilidades é pioneira no Brasil.

Além disso, o complexo esportivo será dotado da mais moderna tecnologia de geração de energia. Segundo o gestor de Fontes Renováveis da Cemig, Alexandre Heringer Lisboa, responsável pela implantação do sistema de geração de energia por células fotovoltaicas no Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, o que se busca com o equipamento que será instalado no Centro de Treinamento Esportivo é uma nova fonte de geração de energia sustentável. “O que buscamos é a eficiência, através do teste de uma nova modalidade de ações em tecnologia energética”, resumiu Alexandre Lisboa.

Para a pró-reitora de Planejamento e professor da Escola de Arquitetura da UFMG, Maria Lúcia Malard, a implantação de soluções inovadoras em construção covil e geração de energia no Centro de Treinamento Esportivo fará que o complexo ultrapasse o objetivo de sua criação, que é ser centro de pesquisa em esportes de alto rendimento, para transformar-se também em núcleo de pesquisa em geração de energia auto-sustentável e em tecnologia para a construção civil.

“Ao governo do Estado interessa essa intersetorialidade, representada por esta parceria com a UFMG e a Cemig, que leva a inovações em projetos, a soluções inovadoras em obras públicas”, afirmou o secretário-adjunto, Rogério Romero.

O módulo

O Centro de Treinamento será utilizado para a capacitação de esportistas com alto potencial para participar de competições olímpicas e paraolímpicas. Para possibilitar as práticas esportivas e competições, o centro será composto por espaços para treinamento de ginástica olímpica e artística, quadras cobertas para esportes coletivos (handebol, basquetebol, voleibol e futsal) e judô, além do parque aquático.

Todas as atividades contarão com a supervisão técnica da EEFFTO. O convênio para implantação do Centro de Treinamento Esportivo foi assinado em 24 de junho de 2010. A licitação para execução da obra foi realizada pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep).

Jornal: exigências da Fifa atrasam obras da Copa 2014



Beira-Rio precisou rebaixar o gramado por exigências da Fifa

De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, mudanças da Fifa nas especificações de obras para a Copa 2014 têm colaborado para que algumas sedes brasileiras tenham atrasos em seus cronogramas, sobretudo de estádios. À reportagem, as cidades confirmaram as dificuldades, embora tenham evitado críticas à entidade detentora do Mundial. A Fifa alegou que mudanças de planos são comuns em todas as obras.

Um exemplo das mudanças, segundo a reportagem, se deu no Maracanã, em que se alterou o tamanho e o posicionamento da sala de imprensa, além da altura da sala de árbitros. A lembrança mais sensível foi em relação às exigências para que fosse aumentada a altura das placas de publicidade ao redor do campo nos estádios do Mundial, o que trouxe impacto nos cronogramas e nos orçamentos das obras.

Perto de construir arena, Guarani já sonha com Copa 2014

O Guarani trabalha de forma silenciosa para virar a principal sub-sede da Copa do Mundo de 2014. O clube de Campinas deve anunciar em breve uma parceria com investidores. No projeto, está prevista a construção de uma nova arena ao clube, que cederia o Brinco de Ouro da Princesa como "forma de pagamento".

Em entrevista exclusiva ao Terra, o diretor de comunicação José Roberto Martins confirmou os planos do clube.

"O Guarani está em processo de permuta de patrimônio. Esses investidores fariam uma nova arena com 34 mil pessoas, com padrão Fifa, podendo ser utilizada, inclusive, como sub-sede durante o Mundial em 2014", disse o dirigente. Campinas já teria entrado na lista de cidades interessadas em receber seleções para treinamentos, mas não obteve resposta da CBF.

Além da construção de uma nova arena, em uma área ainda não divulgada pela diretoria do clube bugrino, está prevista também a criação de um centro de treinamento moderno, com dez campos destinados ao time profissional e categorias de base.

"Terá tudo que um CT moderno precisa, com departamento médico, de fisioterapia e fisiologia. É o primeiro passo para o Guarani desbloquear suas receitas e passar a investir no futebol", afirma Martins.

A torcida, porém, pode ficar tranquila quanto à chegada da arena. José Roberto Martins disse que o Brinco de Ouro só será entregue aos investidores quando o novo estádio estiver pronto. Está descartada, portanto, a possibilidade de o Guarani mandar jogos em outros estádios.

"O presidente (Leonel Martins de Oliveira) disse que a construção da arena será tão rápida que vai surpreender a todos".

A venda do Brinco de Ouro é assunto antigo nos corredores do Guarani. O tema foi discutido no Conselho e teria sido aprovado pelos dirigentes. Esperava-se que o anúncio da venda do estádio acontecesse no fim de 2010, com o rebaixamento do clube à Série B. Entretanto, faltam detalhes a serem definidos.

Blatter: "a Copa é amanhã, e os brasileiros pensam que é depois de amanhã"

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, advertiu nesta segunda-feira o Brasil por sua lentidão nos preparativos para a Copa do Mundo de 2014, ao afirmar que, a três anos do torneio, o país está mais atrasado na organização do que a África do Sul estava, no mesmo prazo, antes do Mundial de 2010.

"O Brasil está atrasado em comparação com a África do Sul no mesmo período", afirmou Blatter em entrevista coletiva, lembrando que "só" faltam três anos para a competição e dois para a Copa das Confederações, "que deve ser um treino para o grande evento".

"Em 2007, a três anos da Copa na África do Sul, os sul-africanos estavam mais avançados do que os brasileiros hoje", reiterou.

O presidente da Fifa alertou que, se os preparativos não se acelerarem de forma significativa, "corre-se o risco de que nem Rio de Janeiro e São Paulo possam organizar partidas", já que não haverá estádios adequados para recebê-las.

Questionado se uma solução para o Brasil seria reduzir a quantidade prevista de estádios, Blatter disse que o atual número (12) é adequado.

"O que precisam fazer é ter pressa e acelerar os preparativos. A Copa do Mundo é amanhã, e os brasileiros pensam que é depois de amanhã", declarou.

Já em relação a uma das polêmicas do último Mundial - as decisões tomadas pelos árbitros sobre se uma bola entrou ou não no gol, e a necessidade de estabelecer um sistema eletrônico que facilite a decisdão -, Blatter disse que o tema será discutido no Congresso da Fifa de 2012.

"O sistema tem que ser preciso, rápido e fácil de instalar e utilizar. Por enquanto não há nenhum sistema que reúna todas as condições, embora haja dois ou três que se aproximam", disse.

Blatter informou que a federação inglesa de futebol (FA) se mostrou disposta a testar um tipo de sistema eletrônico em partidas da segunda ou terceira divisão, mas que este processo ainda não começou.

O atual presidente da Fifa não se quis pronunciar a respeito de sua candidatura à reeleição ao cargo, argumentando que só falará a respeito a partir do dia 1º de abril, após o encerramento do processo de apresentação de solicitações ao pleito do dia 1º de junho.

A estrutura do Leão do Bonfim


Não adiantaria ser dono da maior torcida do interior mineiro, se o Villa Nova não tivesse uma estrutura à altura de seus ilustres e inúmeros torcedores. Por isso, o clube tem uma das melhores instalações de Minas para poder retribuir todo esse carinho aos alvirrubros de coração.

A Sede Histórica do Villa Nova, na Praça Antonino Fonseca Jr., 15 no Centro, está localizada no ponto central de Nova Lima.

Os conselhos, federal e regional, de engenharia, arquitetura e agronomia (Confea e Crea-MG), em parceria com a prefeitura de Belo Horizonte e o govern


Autoridades trabalham nos bastidores para concretizar um dos maiores sonhos da torcida villa-novense

NOVA LIMA-MG - Domingo de comemoração em Nova Lima, pois a diretoria do Villa Nova finaliza primeira metade do processo de aprovação do orçamento para a construção da Arena Esportiva do Leão do Bonfim.




Estiveram presentes muitas autoridades municipais, estaduais e federais, bem como empresários, torcedores e conselheiros do clube. Dentre eles o Deputado Federal Virgílio Guimarães, que foi o autor da Emenda ao orçamento da União que destina R$ 9.888.888,00 (Nove milhões, oitocentos e oitenta e oito mil, oitocentos e oitenta e oito reais) à obra. O restante dos recursos necessários para a construção do estádio virão de uma substancial contrapartida da Prefeitura de Nova Lima. O orçamento total é de 17 milhões de reais.

O Prefeito Municipal, Carlinhos Rodrigues deu o tom inicial da cerimônia e enfatizou todo ideal que envolve a construção do Estádio e também dos projetos paralelos do município que agregam valor ao empreendimento. Neste mesmo objetivo, o Presidente do Villa, João Bosco Pessoa também frizou a importância de um Estádio de nível internacional para o clube e também para a cidade de Nova Lima.


O engenheiro e arquiteto Rafael Diniz, fez uma breve, clara e objetiva palestra sobre o todo do projeto e seus detalhes técnicos. O Estádio foi projetado para uma área de 100 mil metros quadrados e será construído no bairro Cabeceiras, logo na entrada da cidade de Nova Lima, em um terreno cedido doado pela Mineradora AngloGold Ashanti.

O empreendimento comporá de toda infra-estrutura moderna internacional e o campo terá dimensão máxima de 110x75m (padrão FIFA), com 23 mil cadeiras e totalmente coberto.

No entorno do estádio, terá restaurante, estacionamento, outra campo para treinamento, escola de futebol para a categoria de base e um departamento médico.

O Dep. Federal Vírgilo Guimarães, atleticano confesso, fez questão de agradecer o convite para o Conselho Deliberativo do Villa Nova e disse ter escolhido o Villa como seu time de coração. "Na minha família todos são alvi-negros, pois tive familiares atletas no Atlético Mineiro, então nasci atleticano. Mas, hoje eu estou adotando o Villa Nova como meu time. O time que EU escolhi para torcer!"

A previsão do início das obras é para este semestre e o términio é entre 18 e 24 meses.

Seminário em BH discutirá legado da Copa 2014

Os conselhos, federal e regional, de engenharia, arquitetura e agronomia (Confea e Crea-MG), em parceria com a prefeitura de Belo Horizonte e o governo do Estado de Minas Gerais realizarão na próxima terça-feira um seminário para discutir os empreendimentos para a Copa do Mundo 2014 e o legado pós-Copa no estado.

Segundo Gilson Queiroz, presidente do Crea-MG, é necessário amadurecer o debate sobre a viabilidade financeira do projeto para Belo Horizonte, a terceira cidade que mais receberá investimento do governo federal, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro, e o município que mais investirá em obras de infraestrutura.

"A questão é como essas obras terão proveito no pós-Copa e o que podem significar em termos de retorno econômico e sociocultural para a cidade e para Minas Gerais. O Seminário Copa Sustentável será uma excelente oportunidade para debater e amadurecer soluções para estas importantes questões", disse Queiroz.

A primeira audiência pública realizada por Confea e Crea aconteceu no dia 29/03 em Brasília e contou com a presença do ministro dos Transportes, Orlando Silva, secretários dos estados, Infraero, entidades profissionais e empresariais e representantes da sociedade civil.

Marcos Túlio de Melo, presidente do Confea, alerta para a necessidade da exigência de projetos técnicos completos nas licitações, para evitar o que aconteceu com os empreendimentos realizados no Rio de Janeiro em 2007, para a realização dos Jogos Pan-Americanos, onde o custo final das obras foi muito superior ao previsto.

Em Belo Horizonte serão priorizados os temas: mobilidade urbana (inclusive aeroporto); viabilidade econômica e financiamento; agenda de sustentabilidade para a Copa; e transparência e integridade empresarial.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Entrevista: Rafael Craviée

Rafael Craviée, natural de São paulo, 29 anos, é formado em educação física e especialista em treinamento de grupos.
Atualmente trabalha como instrutor da academia Malhação unidade Prudente de Morais (BH-MG) e coordenador do grupo de corridas da mesma academia.

Rafael, quando surgiu interesse por corridas de rua?
Morava em São Paulo e desde pequeno sempre assisti a São Silvestre ao vivo na Consolação pelo fato de morar próximo da região. E dizia aos meus pais que quando crescesse iria treinar e participar da Corrida.

Como foi o começo?
na época da faculdade praticávamos muito esporte e devido a minha baixa estatura (1,65m) não me destacava em voley ou basquete (rs.). Gostava de jogar futebol, mas como praticava com muita frequencia, sofria muitas lesões. Foi quando um amigo me convidou para participar de uma prova de rua de 10km. Completei a prova em 48 minutos e depois não consegui parar. É um vício.

Como decidiu ser técnico de equipe de corridas?
Trabalhava na academia e vi de perto o criscimento dessa modalidade. Vários grupos estava sendo criados e percebi que muitos alunos da academia, corriam todos os dias nas esteiras e as vezes na rua. Muitos comentavam que a academia devia ter uma equipe, foi quando propuz a idéia e os donos aceitaram a sugestão.

Qual a diferença para uma pessoa que deseja correr, participar de um grupo desse?
HOje posso dizer que a corrida é o esporte da moda e muita gente começ a correr sem nenhum preparo ou atenção. O treinador antes de mais nada deve pedir ao aluno um checkup médico para saber como está a saúde, principalmente o coração. Depois é avaliado as condições físicas e assim decidir qual o melhor treino para que o atleta desenvolva e atinja um bom rendimento. Ainda tem como avaliar postura e passar um treino individual.

O que as pessoas que participam do grupo de corridas mais esperam?
Depende. Tem pessoas que desejam emagrecer, outras querem ganhar resistência física e também tem quem está afim de aliviar o stress do dia dia.

Como você acha que os grandes eventos como a Copa do Mundo e Olimpíadas irão afetar o esporte?
As pessoas estào muito mais ligadas a saúde e boa forma. Com a copa e olimpíadas a tendência é só aumentar o interesse pelas corridas. Grandes empresas tem investido o que acaba aumentando tambem o interesse.

Belo Horizonte tem bons lugares para esse esporte?
O problema é que BH tem uitos morros que dificulta um pouco. Temos os pontos tradicionais como pampulha, lagoa seca, av. bandeirantes, barragem Santa Lúcia e Andradas. Fora desses lugares, é meio improviso.

MP interdita nove estádios do interior de Minas, inclusive o Parque do Sabiá

O Parque do Sabiá e mais nove estádios do interior de Minas Gerais foram interditados pelo Ministério Público. A interdição, inclusive, já foi oficializada pela Federação Mineira de Futebol e a decisão foi tomada por conta da falta de documentação necessária para a segurança nessas praças esportivas.

O Ministério Público interditou os estádios Antônio Guimarães de Almeida (Tombos), Bernardo Rubinger de Queiroz (Patos de Minas), Dr. Ronaldo Junqueira (Poços de Caldas), João Havelange/Parque do Sabiá (Uberlândia), José Flávio de Carvalho (Itaúna), José Maria Melo (Montes Claros), Juca Pedro (Formiga), Waldemar Teixeira de Faria (Divinópolis) e Zama Maciel (Patos de Minas) devido a não apresentação dos laudos necessários.

O Cruzeiro, que fez três jogos no Parque do Sabiá contra Corinthians, Flamengo e Internacional, preferiu não se pronunciar sobre o assunto.

- Não vamos comentar sobre isso. Enquanto não formos notificados não falaremos nada. Ligamos para Uberlândia e não nos falaram nada disso – declarou o gerente de futebol da Raposa, Valdir Barbosa.

Comitê da Fifa vistoria seis candidatos a Centro Oficial de Treinamento no Rio de Janeiro


Ao todo, seis candidatos cariocas tentam receber o Centro Oficial de Treinamento (COT) do Mundial de 2014. Eles passaram por uma vistoria técnica no último fim de semana. Ninguém deu um pio sobre o que viu: os técnicos do Comitê Organizador Local vão botar no papel tudo que observaram e produzir um relatório sobre os campos que tentam sediar treinos em 2014.


Dos quatro grandes clubes do Rio, apenas o Fluminense ficou de fora. O Botafogo ofereceu o Engenhão, o Vasco apresentou São Januário e o Flamengo propôs o estádio da Gávea e a estrutura, ainda tímida, do Ninho do Urubu. Além deles, o CFZ, clube de Zico, também se candidatou, assim como a Escola de Educação Física do Exército, instalação tradicional da cidade que já serviu de base para a seleção brasileira em diversas campanhas vitoriosas.

A delegação do Comitê Organizador no Rio de Janeiro foi formada pelo gerente de competições e serviço às equipes, Frederico Nantes; e pelos consultores da Arena, empresa que presta serviços ao Comitê.

Depois do Rio, a delegação seguiria para Belo Horizonte. As demais cidades a serem vistoriadas são: Salvador (13 e 14 de fevereiro); Brasília (15 e 16 de fevereiro); Cuiabá (17 de fevereiro); Manaus (26, 27 e 28 de fevereiro); Recife (12 e 13 de março); Natal (14 de março) e Fortaleza (15 e 16 de março).

Cadeiras do Mineirão vão servir estádios do interior




O Governo de Minas, que administra o Mineirão, anunciou o destino de parte das 56 mil cadeiras que hoje estão no estádio. Elas serão doadas para cinco estádios diferentes do interior. No projeto do novo estádio para o Mundial de 2014, os bancos de plástico serão substituídos por assentos retráteis, que atendem às exigências da Fifa.

A maioria das cadeiras antigas, cerca de 25 mil, será destinada para o Parque do Sabiá, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O estádio é o segundo maior de Minas (capacidade próxima a 50 mil torcedores) e foi utilizado pelo Cruzeiro em seis partidas deste campeonato brasileiro. A cidade é uma das favoritas a receber seleções durante o mundial - ainda mais porque está entre Belo Horizonte e Brasília, cidades-sede da competição.

Outros oito mil assentos serão doados ao simpático Villa Nova, da cidade de Nova Lima, na região metropolitana, e serão instalados no estádio Castor Cifuentes, o Alçapão do Bonfim.

Cinco mil cadeiras vão para o estádio do Democrata Futebol Clube, em Governador Valadares, no Leste do Estado, mais duas mil para o Guarani Esporte Clube, de Pará de Minas, no Centro-Oeste do Estado, e outras três mil para a Associação Esportiva Recreativa Usipa (três mil), em Ipatinga, no Leste de Minas Gerais.

Ao todo, 43 mil cadeiras serão doadas neste primeiro momento, o que representa 80% do total. É que há uma previsão de perda de 20% no processo de retirada dos objetos do estádio. Caso sobre, o governo vai procurar atender a outras praças, já que 22 estádios fizeram pedidos para aproveitamento das cadeiras do Mineirão.

Segundo o governo, o critério adotado para as doações levou em conta a importância de cada praça esportiva. Governador Valadares e Nova Lima, por exemplo, têm times na primeira divisão do campeonato mineiro e Uberlândia tem, neste momento, o maior estádio do Estado em funcionamento.

Todo o trabalho de remoção, transporte e recolocação das cadeiras será por conta dos clubes beneficiados. Mas a conta vale a pena. O preço de uma cadeira nova deste tipo hoje é de R$ 90. A Ademg calcula que o custo para a remoção do material seja de R$ 9 para cada objeto. Já o transporte varia de acordo com a distância.

O reaproveitamento evita também que os assentos sejam despejados em qualquer lugar, trazendo um grande passivo ambiental, já que são feitos de material de difícil decomposição. Bom negócio para os clubes e para o meio ambiente.

Belo Horizonte anuncia novos hotéis para 2014



Empresários anunciaram, na última quarta-feira, a construção de mais três novos hotéis na capital mineira. Ao todo, serão mais 1.200 apartamentos disponíveis para atender à demanda de turistas, principalmente na realização da Copa das Confederações, em 2013, e do Mundial de 2014. A falta de hospedagem é o principal problema que impede Belo Horizonte de receber a abertura da competição.

Entre os projetos, o destaque é o Site Belvedere, que será construído na av. Raja Gabaglia, Zona Sul da capital. Serão dois hotéis conjugados: um hotel cinco estrelas, com a bandeira Pullman e 280 apartamentos, e outro com a bandeira Íbis, para o segmento mais econômico, com 220 apartamentos. O custo total do empreendimento é de R$ 150 milhões. As obras começam no ano que vem.

Os outros dois empreendimentos já estão sendo construídos na região da Savassi. Em fase inicial, o Site Afonso Pena também terá dois hotéis em um mesmo lugar. Um, com a bandeira Íbis, contará com 204 apartamentos. A outra parte será uma torre com a bandeira Formule I, com cerca de 300 apartamentos. O investimento é de R$ 100 milhões.

Por último, os investidores apenas confirmaram a conclusão do Íbis Savassi, na av. do Contorno, para o ano que vem. Com 208 apartamentos e investimento de R$ 50 milhões, o hotel começou a ser construído antes do anúncio de que o Brasil seria a sede do Mundial de futebol e estava sendo planejado para atender a demanda atual. Como já falamos aqui, é difícil encontrar vagas em hotéis de Belo Horizonte com menos de 48 horas de antecedência.

“O anúncio é um passo importante para a ampliação da rede hoteleira e a expansão da capacidade da capital de receber eventos de grande porte. Estamos falando de mais de 1.200 apartamentos, sendo 280 cinco estrelas, que é uma grande carência na cidade. Estamos avançando em um ritmo adequado. A cidade tem demandas e condições suficientes para absorver mais hotéis de quatro e cinco estrelas”, disse o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda.

Os empresários destacaram o esforço do poder público mineiro, que aprovou uma lei com incentivos para quem abrir empreendimentos nos ramos hoteleiro, cultural e de saúde até 2014. “Se não houvesse a lei, que facilita o processo de construção, não conseguiríamos concluir os empreendimentos em tempo hábil para atender a demanda da Copa”, explicou Abel Castro, diretor de Desenvolvimento da Rede Accor.

A expectativa é de que até 2014 a cidade ganhe, pelo menos, mais 15 novos hotéis com 3,5 mil leitos. Segundo cálculos das autoridades públicas, Belo Horizonte já tem cerca de 35 mil leitos a um raio de 150 quilômetros do local dos jogos. A exigência da FIFA é de 20 mil, sem especificar as estrelas. Mas as vagas no entorno da cidade, por observação própria, são mais de pousadas e hotéis fazenda, que recebem poucas pessoas de uma vez. Por isso, quanto mais leitos novos em BH, melhor para a cidade.

ARENA DO JACARÉ GERA LUCRO PARA SETE LAGOAS




Estamos ainda a três anos da competição, mas já tem cidade mineira colhendo lucros pela realização do Mundial de 2014 no Brasil. Pelo menos é o que ocorre com Sete Lagoas, que fica a 70 quilômetros de Belo Horizonte. Os jogos dos times mineiros na Arena do Jacaré aqueceram a economia da cidade e estão gerando renda para a população e arrecadação para o município.

Não custa lembrar que a utilização do estádio foi necessária devido a um erro de planejamento das autoridades mineiras, que resolveram reformar ao mesmo tempo os dois estádios da capital - o Mineirão e o Independência - para o Mundial, deixando os três times da capital “desalojados”.

Além disso, as obras do Independência sofreram atrasos e o estádio deve ficar pronto, na melhor das hipóteses, no meio deste ano. Mas, certamente, boa parte da população de Sete Lagoas não está nem um pouco triste com isso. Em 2010, foram 50 jogos na Arena do Jacaré pelas séries A e B do Campeonato Brasileiro e Copa Sulamericana, com 320 mil pagantes. A prefeitura estima que pelo menos 95 mil turistas foram à cidade ver os jogos.

Os hotéis de Sete Lagoas tiveram um aumento médio de ocupação de 20%, principalmente pela demanda de profissionais de imprensa de todo o país. Os resorts da região também comemoram, já que estão servindo de concentração para as delegações que vão atuar no estádio. Apenas o Atlético não usa os hotéis da cidade, já que seu CT, em Vespasiano, fica no caminho para Sete Lagoas.

Ainda segundo dados levantados pelo município, bares e restaurantes também registraram um aumento de 20% no faturamento total após a mudança do local das partidas. Em dias de jogos, o movimento do comércio próximo ao estádio chega a aumentar 70%. “A cidade passou a ter destaque nacional com a transferência dos jogos do Campeonato Brasileiro, aumentando nossa visibilidade”, diz o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Éder Bolson.

No domingo passado, o Estádio Joaquim Duarte Nogueira, pertencente ao Democrata Futebol Clube, recebeu o clássico entre Cruzeiro e Atlético, o segundo em sua história, pelo Campeonato Mineiro, vencido pelo Galo por 4x3. Na quarta-feira (16), a Arena do Jacaré receberá o seu primeiro jogo por uma Copa Libertadores, Cruzeiro x Estudiantes (ARG), fato louvável para um estádio do interior que completou em janeiro cinco anos.

Com a demora nas obras do Independência e com o Mineirão previsto para ficar pronto em 2013, Sete Lagoas deve ter pelo menos mais um ano de colheita de lucros por ser a capital mineira do futebol, mesmo que interinamente.

Escolhidas empresas que serão responsáveis pela PPP do Hospital Metropolitano de Belo Horizonte




O consórcio formado pelas construtoras Tratenge Engenharia e Planova Planejamento e Construções irá viabilizar a conclusão do Hospital Metropolitano de Belo Horizonte, na região do Barreiro. A unidade de saúde é importante para que a capital mineira cumpra mais um item do caderno de encargos da Fifa para uma cidade-sede da Copa do Mundo, que é o número de leitos hospitalares disponíveis.

Este será o segundo hospital do Brasil a ser viabilizado sob o modelo de Parceria Público Privada (PPP). Com investimentos globais de R$ 1,2 bilhão, o contrato possibilitará uma economia de R$ 100 milhões aos cofres públicos. As obras estão previstas para serem iniciadas em até 60 dias após a conclusão da superestrutura, em abril deste ano. A entrega do hospital deve ser realizada no segundo semestre de 2012, com todos os equipamentos necessários para seu funcionamento.

O presidente da Tratenge Engenharia, Renato Salvador, acredita que a economia gerada ao governo se deve, principalmente, à experiência das empresas consorciadas na construção e gestão de empreendimentos na área da saúde. A Tratenge possui hoje três hospitais sendo construídos em São Paulo e outro no Espírito Santo. Além disso, mantém um contrato com a prefeitura de São Paulo para manutenção de 11 hospitais na capital paulista, com fornecimento de equipamentos e estrutura física. A Planova tem em seu portifolio a construção de sete hospitais e, atualmente, está construindo novas unidades médicas em Fortaleza e São Paulo.

A parceria realizada para conclusão do Hospital Metropolitano de BH prevê que o consórcio vencedor seja o responsável pela gestão administrativa da instituição por um período de 20 anos. Além disso, o empreendedor realizará investimentos iniciais de aproximadamente R$ 200 milhões para conclusão da obra civil, fornecimento e implantação da infraestrutura de apoio, provisão de serviços administrativos, prediais e de hotelaria.

A prefeitura, por sua vez, será responsável pela provisão dos serviços assistenciais: médicos, enfermeiros e pessoal especializado para atendimento à população. À administração pública cabe também o projeto executivo, a execução da superestrutura, o fornecimento de equipamentos e insumos médico-hospitalares, parte do mobiliário destinado à assistência e o transporte de pacientes.

Com uma área construída total de 42 mil metros quadrados, o Hospital Metropolitano de BH terá onze andares, sendo quatro para internações, quatro para atendimento e administrativo e três níveis subsolos para necrotério, estacionamento etc. Além disso, disporá de um heliponto, 10 elevadores e aquecimento da água parcialmente feito através do sistema de ar-condicionado. No total, serão 39 leitos no pronto atendimento, 280 para internações, 40 no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e mais 12 salas de cirurgia.

Além do auxílio do atendimento para a Copa, o hospital do Barreiro será um legado importante para a população, já que as pessoas de uma das regiões mais populosas da cidade não vão ter mais que se deslocar para a chamada “área hospitalar”, que fica bem no centro da cidade, para atendimentos de média e grande complexidade.

terça-feira, 1 de março de 2011

"Dono" do Estádio Olímpico, West Ham tem projeto questionado


Comerciantes do entorno lamentam decisão do West Ham de deixar o Upton Park

Foto: Ulisses Neto/Especial para Terra


Ulisses Neto
Direto de Londres

Como não transformar 500 milhões de libras (cerca de R$ 1,35 bi) dos cofres públicos em um enorme elefante branco? Esse é o principal desafio da Companhia para o Legado do Parque Olímpico, a OPLC na sigla em inglês. A empresa estatal foi criada para confirmar que Londres não repita os mesmos erros cometidos em outras cidades com casos emblemáticos de desperdício de recursos, como Montreal e Atenas.

Hoje, a OPLC anunciou que o Estádio Olímpico, que terá capacidade para 80 mil pessoas durante os Jogos de 2012, será repassado para o West Ham United, equipe da primeira divisão do Campeonato Inglês. O clube, atual lanterna da competição, conseguiu derrotar o Tottenham Hotspurs em uma disputa política que envolveu declarações polêmicas, críticas efusivas e ataques dos dois lados.

O projeto do West Ham para ocupação do Estádio Olímpico de Londres prevê uma reforma orçada em cerca de 100 milhões de libras (R$ 270 milhões). As obras devem começar logo após o final dos Jogos Paraolímpicos e a previsão é de que tudo esteja pronto em dois anos, com o local recebendo partidas de futebol no início da temporada de 2014/2015.

A pista de atletismo, principal alvo da disputa entre West Ham e Tottenham, será mantida, o que vai deixar a arquibancada a pelo menos 45 metros de distância do gramado. Para os padrões dos estádios mais modernos da Europa, isso é considerado um problema sério.

Os adversários do projeto insistiram que a manutenção da pista é inviável e que a visão dos torcedores será bastante prejudicada. O presidente da empresa de entretenimento americana AEG, sócia na proposta do Tottenham, prevê que a arena estará falida em 10 anos.

"Em nenhum lugar do mundo é possível construir um estádio com capacidade para 60 mil lugares que abriga futebol e atletismo ao mesmo tempo e ainda fazer com que isso funcione", previu Tim Leiweke.

A própria torcida do West Ham, que em sua maioria apoiou o projeto de mudança, ainda tem dúvidas sobre a qualidade da nova casa. "Essa é uma mudança por dinheiro. Eu não queria ver o time saindo do Upton Park, temos muita história por aqui. E também será um gramado (no novo estádio) que não é tão perto da torcida. Por isso, eu acho que não vai ser bom, no final das contas", disse o torcedor Andy Walkings.

O atual estádio do West Ham, o Boleyn Ground (popularmente conhecido como Upton Park), tem capacidade para 35 mil pessoas e foi construído em 1904. Mesmo com o time em má fase, a lotação máxima é atingida com frequência.

Dessa forma, a diretoria do clube espera atrair ainda mais público com o estádio maior. O torcedor Ben Huges, que afirma seguir a equipe todos os finais de semana, afirma que "o estádio vai ajudar a capitalizar o crescimento na torcida do West Ham. Será uma excelente oportunidade. Nós já temos uma grande história que só tende a crescer. Com certeza, o fato de nos mudarmos para um lugar maior facilita bastante as coisas".

Viabilidade

No entanto, grandes questionamentos cercam o projeto escolhido pela OPLC como o mais indicado para garantir o legado olímpico em Londres.

Atualmente, o West Ham ocupa o último lugar do Campeonato Inglês. O rebaixamento para a segunda divisão é iminente e o resultado será uma arrecadação menor com mais dificuldades para atrair público nos jogos menos importantes. Fora da elite do futebol da Inglaterra e com menor exposição na mídia, o clube ainda terá problemas para financiar as reformas necessárias de adequação do Estádio Olímpico.

A autoridade regional de Newham, onde está localizada a arena, prometeu emprestar 40 milhões de libras para as obras. Mas o repasse de recursos ainda não está totalmente confirmado. A palavra do momento na Inglaterra é "austeridade" e despejar milhões e milhões dos cofres públicos em um time de futebol, justamente da região mais carente da cidade, é uma ideia que está sendo bastante questionada por moradores e líderes locais.

Além do empréstimo público, o West Ham pretende arrecadar mais 20 milhões de libras com a venda do seu atual estádio. Outros 35 milhões serão repassados pelo Comitê Olímpico.

O comércio no entorno do Upton Park também já lamenta a decisão e prevê um futuro desolador com a saída do time da região. O empresário Jeyachambiam Jeyarbbam, dono de um pub a poucos metros da arena, não vê outra alternativa senão fechar as portas daqui a alguns meses.

"Não será só o meu negócio, a saída do West Ham vai acabar com todos os principais pubs do bairro. São aproximadamente 30 pubs nesta área que vão fechar", lamenta. "E é claro que outras lojas e restaurantes também serão muito afetados. Cerca de 50% do meu faturamento anual vem do movimento nos dias de jogos. Por isso, a presença do West Ham aqui é muito importante". Jeyarbbam afirma que um comitê de comerciantes da área tentou negociar com o clube de futebol, mas não obteve grandes resultados.

Apesar da decisão por unânimidade tomada pelo conselho da OPLC, o Tottenham já avisou que não pretende desistir do plano de se mudar para Stratford. O time ameaça recorrer à justiça para reverter o resultado do processo de seleção e afirma ter sido usado para justificar um jogo de cartas marcadas. No entanto, o projeto do Tottenham não conta nem mesmo com o apoio dos seus próprios torcedores, que não querem se mudar da região Norte de Londres para a região Leste.

"Nós deveriamos ficar aqui mesmo, esse é o nosso lugar, em Tottenham. Nós também podemos crescer aqui. Aliás, esse era o plano original", ressalta o torcedor Steven Soverage. Além disso, os Spurs pretendiam demolir o recém-construído estádio olímpico e retirar a pista de atletismo, opção altamente criticada pela OPLC.

Dirigentes confirmam orçamento em dia e Londres "79% pronta"


O Estádio Olímpico, que será do West Ham após os Jogos, está em fase final de construção

Foto: AP

O governo britânico, em parceria com o ODA (Olympic Delivery Authority), órgão responsável por todas as obras da Olimpíada de Londres 2012, confirmou nesta quinta-feira que o orçamento para os Jogos será cumprido, assim como os prazos estipulados.

O último valor aprovado pelas autoridades britânicas é de 9,2 bilhões de euros (cerca de R$ 25 bilhões). A previsão atual, no entanto, é que as obras sejam finalizadas com 7,3 bilhões (aproximadamente R$ 19,6 bilhões).

O Ministro dos Esportes londrino, Hugh Robertson, confirmou à BBC que a continuidade das obras está dentro do planejado, em tempo e custo. O diretor executivo da ODA, Dennis Hone, porém, ressaltou ao jornal britânico que ainda há muito trabalho para ser feito - e que Londres se encontra 79% pronta.

O orçamento para a Olimpíada de 2012 já sofreu três alterações importantes. Em 2003, a ministra Tessa Jowell afirmou que os custos seriam de 2,3 bilhões de euros (cerca de R$ 6,4 bi). Em 2007, o valor subiu para 5,3 bilhões (aproximadamente R$ 14,3 bi), já incluindo toda a infra-estrutura local - o que seria recalculado depois.

No ano passado, o ODA assumiu a responsabilidade de operar todo o Parque Olímpico, com as principais arenas esportivas, entre 2011 e 2014. O velódromo será a primeira grande obra a ser finalizada, com previsão para o fim deste mês.

Outra definição importante aconteceu na última semana, quando o Estádio Olímpico, principal obra para 2012, teve o West Ham United confirmado como responsável pelo local após o fim dos Jogos.

Rio inicia projeto ambiental de R$ 340 milhões para 2016

Um dos principais compromissos assumidos pelo Rio de Janeiro com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para a realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 começou a ser cumprido. Nesta quarta-feira, teve início as obras do Programa de Recuperação Ambiental da Bacia de Jacarepaguá, na Zona Oeste. O custo do projeto é de R$ 340 milhões e a previsão é a de que esteja concluído em 18 meses.

A macrodenagem de Jacarepaguá vai ser importante para o término das enchentes e a melhoria das condições ambientais na região. Além disso, os rios da bacia desembocam nas lagoas onde estarão instalados os principais equipamentos para os Jogos Rio 2016: Parque Olímpico, Parque dos Atletas e Vila Olímpica.

"Não adianta cuidarmos das lagoas da Barra da Tijuca, se não cuidarmos da Baixada de Jacarepaguá. Ao contrário do que fizeram nos Jogos Pan-Americanos (2007), que só se preocuparam em construir estádio, agora, a prefeitura está preocupada é com obras de infraestrutura", disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

No total, serão 100 km de canalização e recuperação ambiental. O projeto ainda prevê o reassentamento de famílias instaladas em áreas de risco ambiental.

Obras de estádios e da Vila Olímpica entram na reta final para Londres 2012



Novas imagens divulgadas pelos organizadores dos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, mostram o progresso no Parque Olímpico a 17 meses da competição.

As imagens revelam como o local está mudando enquanto as obras se aproximam do final, previsto para o segundo semestre de 2011. A estrutura do Estádio Olímpico está completa, assim como a cobertura e os assentos.

No estádio, o campo central está pronto para que o gramado seja plantado e para que a pista de atletismo seja instalada no entorno. Foi plantada grama no entorno da construção, assim como mais de 1.500 árvores e milhares de outras plantas.

Perto dali, o velódromo foi o primeiro local do Parque Olímpico a ficar pronto.

No Centro Aquático, as estruturas permanentes foram finalizadas. O trabalho continua em áreas como a cobertura e revestimentos.

Na Vila dos Atletas, mais de três quartos da estrutura da área residencial já estão prontas, segundo o comitê organizador.

Rápido e sustentável, Velódromo é considerado obra-prima para 2012





Ulisses Neto
Direto de Londres

Entregue no prazo, dentro do orçamento, atendendo aos requisitos técnicos e acima das expectativas dos atletas. O Velódromo de Londres para os Jogos Olímpicos de 2012 ostenta um cartão de visita invejável.

Inaugurada na semana passada, a primeira grande instalação do Parque Olímpico a ficar pronta já está sendo considerada como a melhor pista de ciclismo do mundo. Por isso, parte da imprensa britânica afirma que a obra pode salvar a reputação do Reino Unido, que enfrenta sérias dificuldades com o centro aquático e o Estádio Olímpico.

A arena, que tem capacidade para seis mil espectadores, cumpre as principais demandas dos organizadores do evento: oferece condições para grandes performances dos competidores, prioriza a sustentabilidade ambiental e tem seu legado pós-Olimpíada garantido. O projeto considerado diferenciado envolveu a participação de grandes nomes do ciclismo britânico durante a sua concepção, entre eles o astro Chris Hoy, que conquistou três medalhas de ouro nos Jogos de Pequim em 2008.

"É fantástico, realmente impressionante. Tanto dentro, como fora, tudo foi projetado perfeitamente. Não há velódromo melhor que esse em nenhum lugar do mundo", comemorou Hoy na cerimônia de inauguração.

Entre os principais responsáveis pelo grande sucesso do Velódromo de Londres, está o arquiteto brasileiro Gustavo Brunelli. Coordenador do projeto ambiental, Brunelli participou de todas as etapas da construção, desde o início do concurso público realizado pela autoridade olímpica até a entrega final.

Ele aponta a "simplicidade" do programa estabelecido como o ponto determinante para manter a obra dentro do orçamento e ainda superar as exigências técnicas dos atletas. "Tudo tem uma razão no projeto. Por exemplo, a dupla curvatura (na cobertura) existe porque a gente queria que o meio do Velódromo ficasse o mais baixo possível. Dessa forma, conseguimos diminuir o volume do prédio, o que reduz os gastos de energia com aquecimento, por exemplo", diz. "Mas, a gente também queria ter áreas altas para poder, durante o verão, quando se tem ventilação natural, usar isso para fazer com que o ar quente saia mais fácil, no efeito chaminé."

O arquiteto explica ainda que "o Velódromo é um prédio muito especial em termos de requerimentos. A questão da temperatura interna e do movimento do ar é indispensável para não afetar a performance do atleta. Para os ciclistas, quanto mais quente e úmido, melhor. Só que para o espectador, tem um certo limite de até onde você pode levar as temperaturas. Então, todos os sistemas foram pensados para manter o prédio quente, mas proporcionar uma certa ventilação para o público."

Gustavo Brunelli também aponta a participação dos atletas na elaboração do projeto. "O Chris Hoy foi parte do júri inicial do concurso. Uma das coisas que ele falou foi sobre manter uma continuidade de assentos em volta da pista para você não quebrar a atmosfera da torcida durante as provas. Isso foi implantado. Trabalhamos muito com o pessoal da British Cycling (Federação Britânica de Ciclismo)", finaliza.

A obra, que custou 93 milhões de libras (cerca de R$ 250 milhões) e levou 23 meses para ser concluída, também está sendo considerada "a mais verde" do Parque Olímpico. "Em termos de sustentabilidade, o Velódromo tem sido o mais brilhante entre todos os projetos. Ele consegue atingir as demandas de utilização esportiva e ao mesmo tempo, ser bonito e incrivelmente eficiente no uso de recursos e eficiência energética", destaca Dan Epstein, que supervisionou os projetos de sustentabilidade nas construções para os Jogos de 2012.

Após a realização da Olimpíada e da Paraolimpíada do ano que vem, as instalações serão dedicadas para treinamentos de ciclistas profissionais e iniciantes. E a projeção é de que o nível de utilização seja bastante elevado, como já acontece no Velódromo de Manchester, uma vez que o esporte é bastante popular no Reino Unido.

Em Pequim, os britânicos conseguiram 7 das 10 medalhas de ouro disputadas no ciclismo. Agora, com a "casa nova", projetada dentro das recomendações dos próprios competidores, a expectativa é de que a equipe anfitriã aumente ainda mais a sua soberania na modalidade.