quarta-feira, 15 de junho de 2011

Brasil trabalha contra relógio a três anos da Copa do Mundo


A Arena das Dunas, em Natal, é o estádio mais atrasado para a Copa de 2014
Foto: CBF/Divulgação

Correndo contra o tempo e tentando driblar a preocupação da Fifa com o ritmo lento das obras, o Brasil se prepara para a Copa do Mundo de 2014, que começará daqui a exatos três anos, no dia 13 de junho de 2014. Até agora, apenas 7,5% das obras foram terminadas, segundo uma recente reportagem da revista Veja. A publicação calculou que, no ritmo atual, o Brasil só conseguirá terminar os estádios em 2038. Os estádios, os aeroportos e o transporte urbano são as principais dores de cabeça para os organizadores, que trabalham contra o relógio. As autoridades brasileiras querem uma Copa do Mundo com 12 estádios e 12 cidades, mas os atrasos no início das obras já ameaçam várias delas.
Dos sete estádios novos, o mais atrasado é o de Natal, onde ainda não começaram os trabalhos de demolição da antiga arena, previstos para começar em julho. Em São Paulo, há duas semanas começou a construção da provável sede da abertura, ainda sem saber quem pagará o custo das exigências da Fifa, que incluem a ampliação da capacidade da arena para 65 mil lugares.

As obras estão mais avançadas nos cinco estádios que só precisam de reformas, à exceção de Curitiba, onde ainda não começaram os trabalhos. Já no Maracanã, sede da final, as obras já completaram nove meses. Os arquitetos pretendem concluir a reforma no final de 2012, a tempo para a Copa das Confederações. O custo da reforma, orçada inicialmente em US$ 285 milhões, já saltou para US$ 590 milhões, um aumento de cerca de 35%.

Na semana passada, o deputado e ex-jogador Romário alertou no Congresso que o preço dos estádios se multiplicou por quatro. A maioria das licitações para reformas em aeroportos, orçadas em US$ 3.475 milhões, estão pendentes. No transporte urbano, o panorama é ainda mais desolador, com pelo menos cinco cidades em "estado crítico", segundo uma reportagem publicada neste domingo pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Em Manaus, a Promotoria suspendeu a licitação de uma linha de 20 quilômetros de trem, preocupada com a viabilidade do projeto, e o Governo regional já admite que não poderá construí-lo. O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse em maio que as cidades que carecem de infraestrutura adequada de transporte serão excluídas.

O Governo brasileiro recebeu o recado, e a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião de urgência com as autoridades locais para que as obras comecem a andar. O Congresso prevê a votação, nesta semana, de uma emenda para a lei de licitações públicas, com o intuito de acelerar a concessão das obras. No entanto, a oposição resiste, porque acredita que a nova lei só serviria para minguar a transparência e facilitar a corrupção.

A ampliação da capacidade hoteleira também preocupa. Em algumas cidades do interior faltam quartos e os projetos ainda não arrancaram. Para acelerar a construção de hotéis, o Governo estuda duplicar a linha de créditos ao setor, com ajuda do BNDES, disse um de seus diretores na semana passada.

2 comentários:

  1. O prazo vai se apertando para a copa de 2014 e alguns projetos ainda estão no papel como o estádio em São Paulo. Existe vários projetos para construção de estádios, hotéis, aeroportos, melhoria do trasnporte público, centros de treinamentos, etc. Se todos esse projetos forem deixados para a última hora correm o risco de não ficarem pronetos inlusive por falta de mão de obra.

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  2. Mas como incorporar esta notícia à argumentação de sua monografia? Qual a relação com sua solução arquitetônico-urbanística para o TFG?

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